quinta-feira, 18 de julho de 2013

OS NOSSOS PONTOS NOS IS


espreguicei-me

tropecei em ti

corri

descobriste-me no meio da multidão

revirei os olhos
sorri


esperei o momento (in)certo
agarrei no teu braço e desatámos a correr
fugimos
caí



às tantas as palavras não nos chegaram
e aconchegámo-nos como duas metades
colámo-nos devagar e depressa
escorregámos até ao chão
enrubesci



e abri os meus olhos
e tu mergulhaste neles 
desculpando-te que fazem lembrar o infinito
mordi

neste intervalo acusei o medo

insististe em provocar-me
estremeci

olhei-me no espelho que nos testemunhou

renasci

renovaste-me

4 comentários:

  1. Não sei porquê mas, depois de ler-te, apeteceu-me uma garrafa de Muralhas para beber contigo ;)

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    1. grande ideia!!!!!!!! ;)
      mesmo q depois já nem saibamos dos i's nem dos pontos... eles encontrar-se-ão sem a nossa ajuda =D

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  2. poemas traduzidos da vida, vida escravinhada no papel. Papel que se amachuca para deitar fora, que se vai recuperar dos cestos de papéis para descobrir que afinal os hieróglifos lá graffitados faziam mais sentido que o que parecia.
    Desabafos momentâneos e brutos, crus.... vociferantes.... Não são meros desabafos, são lembretes que se esquecem, para procurarmos quando os encontramos

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  3. palavras de quem partilha o sentimento da escrita como um bálsamo ou um catalisador das mágoas e das alegrias...
    escrevemos com o coração na ponta dos dedos, Às vezes ensanguentados... outras irrequietos de felicidade, mas... escrevemos sem que nada nos impeça!

    obrigada :)

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