quinta-feira, 18 de julho de 2013

OS NOSSOS PONTOS NOS IS


espreguicei-me

tropecei em ti

corri

descobriste-me no meio da multidão

revirei os olhos
sorri


esperei o momento (in)certo
agarrei no teu braço e desatámos a correr
fugimos
caí



às tantas as palavras não nos chegaram
e aconchegámo-nos como duas metades
colámo-nos devagar e depressa
escorregámos até ao chão
enrubesci



e abri os meus olhos
e tu mergulhaste neles 
desculpando-te que fazem lembrar o infinito
mordi

neste intervalo acusei o medo

insististe em provocar-me
estremeci

olhei-me no espelho que nos testemunhou

renasci

renovaste-me

sexta-feira, 12 de julho de 2013

CATREFADAS DE NADA.........


Uma catrefada de [des]ILUSÕES
Uma vida cheia de ansejos
Uma cabeça sobrelotada de desejos
Um coração transbordante de sonhos
e as mãos?
 sem tanto poderem agarrar ou largar

Uma catrefada de [in]RAZÕES
Um caderno pintado de anotações
Um cérebro cansado de pensamentos
Uma alma demissionária de vida
e os pés?
 cambaleantes sem poderem avançar ou parar

Uma catrefada de [a]MORALISMOS
Uma consciência afónica de tanto gritar
Uma boca retraída pelas vozes falsas
Um corpo seco pelas hemorrogias do infortúnio
e os olhos?
 fechados por não deslumbrarem um horizonte

e toca… 
e caminha… 
e vê… 
e não lhe basta!