quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

VIAJO



Furta-me

são os pés dormentes de querer fugir e não saber como

A madrugada acorda e os cortes no peito inquietam os sonhos

[os pesadelos…

Cativa-me

Sentir sem saber como sobreviver à incoerência dessas sensações

O sol quer aquecer, mas há uma cortina de poeira densa entre nós

[dentro de ti

Eleva-me

O peso da dor da incerteza funde o ser com o chão e o mar que enche e deixa vazio

As marés de água doce amargaram, e nem sabem a sal, são apenas líquidos viscosos

[são mortais

...
Renasço

Cometo o acto de me recriar e de deixar ir, para recuperar da fúria da ruptura

Contrario manhãs e rios e confesso-me como uma vela içada que saboreia o vento

[e eu viajo...


E furto-me a pesadelos, cativo o calor interior, elevo o ser sobre o sentir e sobrevivo… sempre!


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