terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Liberto-te [?]



Inspiro convictamente e no ar, que por momentos guardo só para mim num fôlego preso, liberto alguma da tensão contida sob a minha pele


Arrepio-me e sustenho o ritmo do meu coração, porque quero ouvi-lo, quero dar-lhe um espaço sem sufoco para que se expresse


Encerro a captação de imagens, para que só as que pululam os pensamentos possam ser referência desta pausa, deste interregno de ser, do ser


E vejo-te… e revejo-me… e há mais… há linhas e fios que se enrolam em nós, entre nós, que nos prendem e nos separam…


Quero superar-me e deslizar entre esse emaranhado de nós, por nós…   e quero sentir-te na pele, a agarrar-me… num laço…mas...


Expiro, livre, liberto-te… 


Não há mais fios, nem nós, nem emaranhados… apenas o querer, tão somente o que se quiser

[desejos sonhados

2 comentários:

  1. Linda a poesia!
    Pode não haver fios, nem nós, mas há laços pelos quais nos emaranhos no querer. E nesse querer vem a força que nos prende e nos une como uma peça forjada nos fornos quentes da paixão!

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  2. obrigada =)

    e que hajam laços, serenos e arrebatadores que unam... que sejam quentes para que não sucumbam na fúria gélida das tempestades...

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