terça-feira, 11 de março de 2014

Aniversário para não esquecer e para não lembrar


Um ano depois da voz sangrar 
Um ano passou mas não há celebração 
Há ruídos no chão que agora é pisado 
No chão que agora se esmaga para que não possa ser mais pisado

Um ano depois que, pontualmente, se vê aquela cicatriz 
Um ano passou sobre esse memorial 
Há cores negras de um momento ímpar 
Nos olhos que agora não querem ver mais

Um ano depois de suportar a dor do bater do coração 
Um ano que pela primeira vez daquela boca se ouviram gritos de dores

Hemorragia em que a esperança se esvaiu

Um ano de história fechado

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