sexta-feira, 21 de junho de 2013

HOJE, de um passado presente por viver


Hoje acordei com a cabeça noutra cama!
Tacteei os lençóis, húmidos
Abri os olhos
[e… não tinha saído deste lugar]

Hoje não estavas dentro de mim!
Revirei as artérias, redobradas
Fechei os olhos
[e … senti a lava quente nas minhas pernas]

Hoje fugi desta cidade amarela!
Passou por mim o alcatrão viscoso
Iniciei a marcha
[e… o meu corpo ainda estava envelopado no teu]

Hoje procurei o cálice no âmago da vontade!
Os vidros sulcaram luxúrias neste ventre
Revivi cada passo
[e… caíram-me aos pés os nossos anéis, ensopados]

Hoje esqueci de me regressar!
os arquivos esfumaram-se entre os folhos das horas
energizei esta viagem e segurei o punho da mala

[e… fiquei… pelo que ainda não lhes escrevi]

2 comentários:

  1. é no sonho que se comanda a vida, dizem!
    cabe-nos a nós, agarramos os nossos sonhos e fazerem que ele aconteça!

    Não te esqueças de regressar, pousa o punho da mala, apanha uma caneta, agarra um pedaço de papel e escreve-lhes!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. quando o sonho nos agarra, nada nos leva, quando os corpos se envelopam, nem a maior tempestade os separará... escreverei sobre os meus sonhos... sempre!

      Eliminar