escrevi-me de vida,
de momentos percorridos
nas distâncias íntimas
de momentos percorridos
nas distâncias íntimas
com a voracidade inanimada da fome,
na procura de reservas profícuas
na procura de reservas profícuas
e,
exposta ao desafio,
devoraram-me por muito e quase nada!
sobrevoaram olhares sobre este
nado-atípico,
ímpar reflexo de ser,
ímpar reflexo de ser,
em pensamentos masturbados por sons da
vida,
forçados ou libertadores e
vividos em espasmos,
vividos em espasmos,
respigaram-me do silêncio desiludido
e
e
semearam-me na planície despida!
procuraram no legado das renúncias
procuraram no legado das renúncias
e
no verso das folhas cortadas,
no verso das folhas cortadas,
até
chegarem ao ser marcado na íris
num momento solto escutei esse olhar
emergido num instante reencontrado.
redimi-me ao senti-lo chegar
e
num momento solto escutei esse olhar
emergido num instante reencontrado.
redimi-me ao senti-lo chegar
e
preencheu o atípico lugar despido, vivo.
vagueou no preâmbulo ainda inconsciente
e
flutuámos em danças lunares
mas
flutuámos em danças lunares
mas
num registo derrocador
subiu neblina cerrada
a cegar este azul anilado,
a cegar este azul anilado,
e...
escalpei o meu ventre,
que pariu um eco profundo,
escalpei o meu ventre,
que pariu um eco profundo,
raspado dos ventrículos purpúreos.
agarrei-me com os dedos gelados
agarrei-me com os dedos gelados
na iminência do impacto irreversível
e
e
no momento vertiginoso,
resgataste-me do remoinho incessante,
consumidor de voz
e
permiti-me respirar
persistência por um sonho,
este sonho
e
permiti-me respirar
persistência por um sonho,
este sonho
e
por mais momentos...
atípicos!.
Atípica é a vida que nos leva por caminhos desconhecidos e desconcertantes. Deixa-nos, no entanto, a escolha de podermos traçar e decidir o rumo e aonde nos irá levar!
ResponderEliminarMais um poema teu, (a)tipicamente intenso!
tenho a convicção que o caminho que escolhemos será o que mais nos completará... <3
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